2015 - Projeto Rios Limpos

Na 4ª Semana Acadêmica promovida pelo Centro Acadêmico da Engenharia Ambiental da UTFPR de Francisco Beltrão, na semana passada, dentre as diversas atividades promovidas, uma foi a palestra "Nossa relação com os rios e a experiência do Grupo Rio Marrecas" pelos alunos Karina Yumi Omura, Sávio Duarte, Mateus Henrique Furlan e João Henrique Alves Cerqueira. Uma das ações concreta do evento foi a criação de um grupo para limpar o Rio 14.
Os estudantes falaram sobre a relação que as pessoas têm com os rios, seguindo pelo questionamento do porque continuam sendo poluídos os rios e tendo escassez de água nas áreas urbanas.
Também foi apresentado o grupo Rio Marrecas do qual os palestrantes também fazem parte.
O grupo foi criado em 31 de março deste ano com o objetivo de manter limpas as margens do Rio Marrecas no trecho onde ele margeia o Parque Ambiental Irmão Cirilo, no Bairro Padre Ulrico. Esta equipe já organizou 22 dias de limpeza, normalmente aos sábados à tarde, tendo já retirado mais de uma tonelada de lixo do rio e suas margens.
As ações do grupo são divulgadas em no blog http://bit.ly/Grupo_Rio_Marrecas e nos jornais, rádios e TVs. Além da limpeza dos rios, espera-se desenvolver ações outras que possam gerar impactos sociais e ambientais nas comunidades próximas.

Novo grupo
Assim, para despertar a vontade de mudança e o agir, a palestra culminou com a criação do grupo de limpeza do Rio 14, que começa na divisa com o município de Manfrinópolis e desemboca no Rio Marrecas. Antes ele passa em volta da unidade da UTFPR, na Linha Santa Bárbara.
Este grupo atuará na limpeza no trecho onde o Rio 14 margeia a universidade. "Desta maneira, espera-se também que mais pessoas participem e que com a ação de todos possamos ter nossos rios mais limpos e vivos", diz a nota do centro academico.

Dia 5 de setembro, um sábado, integrantes do grupo de voluntários Rio Marrecas, encontraram pessoas dentro Parque Ambiental Irmão Cirilo, do Bairro Padre Ulrico, em Francisco Beltrão. Os voluntários do grupo Rio Marrecas, que fazem limpeza todas as tardes de sábado, no parque ambiental, se depararam com pessoas que provavelmente estavam acampadas.

O fato foi informado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, responsável pela unidade de conservação. No local havia colchão, uma barraca improvisada e garrafas de bebida. "Eles viram seis pessoas porque lá (por onde os voluntários passaram) é ponto de seguir com a limpeza", disse Cláudio Loes, educador ambiental e coordenador do projeto. Também foram queimados pneus que tinham sido retirados do rio.

Terça-feira, Claudio Loes e Emanoel Olivo, da Secretaria de Meio Ambiente, estiveram no local e encontraram pedaços de redes de pesca.

Os voluntários estão recolhendo do Marrecas pneus, tapetes, roupas e calçados. Eles usam ganchos para puxar os materiais do leito do rio ou das margens. Para fazer as caminhadas, o pessoal usa botas e luvas.

A cada dia de trabalho, o grupo coleta grande quantidade de lixo, que enche de seis a oito sacos. Segundo Cláudio, também são encontrados dentro do parque e nas imediações muito lixo deixado pelos carrinheiros. Eles coletam produtos recicláveis e aquilo que não é reaproveitável eles deixam no parque ou nas proximidades.

Cláudio observou que "é preciso ficarmos atentos se quisermos preservar o pouco de mata que temos no ambiente urbano de nosso município".

Emanoel Olivo, fiscal da Secretaria de Meio Ambiente, diz que é feito o monitoramento do local. Ele diz que o lixo recolhido pelo grupo de voluntários recebe a destinação correta, seja para a reciclagem ou encaminhamento para o aterro sanitário dos resíduos.  

Um grupo comunitário, incentivado pelo educador ambiental Claudio Loes, desde abril se reúne todos os sábados para recolher lixo das margens do Rio Marrecas, em Francisco Beltrão. Com apoio da Secretaria de Meio Ambiente, os voluntários já percorreram 500 metros do rio e coletaram cerca de 900 kg de materiais, como roupas, tapetes, sofás, pneus e plásticos.

A iniciativa comunitária acontece a mais de três meses na área do rio que corta o Parque Irmão Cirilo, no Padre Ulrico. "É um trabalho demorado, pois existem locais de difícil acesso e que acumulam muito lixo trazido pela correnteza", explica o coordenador do grupo, Claudio Loes.

A Secretaria de Meio Ambiente dá a destinação adequada a todo material recolhido no local. O grupo pretende continuar o trabalho e espera aumentar o número de voluntários para despoluir trechos do principal rio da cidade.